Cidade Estranha

Era uma vez uma pequena cidade estranha

Onde quem era normal era estranho

E o estranho era normal

Era uma cidade tão estranha

Porque ser estranho nela

Era ser especial

Lá cabiam seres de todas as espécies e tamanhos

E o que era mais estranho

É que todo mundo, mesmo diferente

Ainda era tão igual

Cada um com sua língua

Seu estilo original

Cada um com sua crença, aparência

E seu jeito de andar

Onde todo mundo era aceito

E feliz nesse lugar

Era uma vez uma pequena cidade estranha

Escondida a vista de todos

No topo da montanha dos loucos

Onde todo mundo queria estar

Um espaço livre de tudo

Tudo que insiste em te machucar

A cerca das nuvens quadradas

Uma estranha madrugada sem luar

Onde as estrelas ganhavam vida

E podiam conversar

Era uma vez uma cidade estranha

Com costumes tão absurdos

Que ninguém poderia inventar

Desafiava as leis da física

E com a poesia se podia calcular

Era uma cidade tão estranha

Que mesmo quem vivia nela

Costumava duvidar

Onde a imaginação era aquarela

E a música podia te tocar

Era uma vez uma pequena cidade estranha

Para onde iam as almas inquietas

Pessoas raras, melodias incompletas

Que encontravam conforto em tudo que é banal

Era uma vez uma cidade estranha

Descoberta por acaso

Além do mundo real

Grécia
Enviado por Grécia em 23/06/2024
Reeditado em 23/06/2024
Código do texto: T8092022
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