Com Os Pés no Sujo Chão Enquanto o Sol Me Aquece
Em terra de promessas vãs,
Vou na direção do sol que me aquece.
Não esperem que participe da bonança final,
Do festejo da aparente paz entre as nações,
De um salvador místico das mazelas humanas,
De um juízo final que expurgue as torpezas.
Apesar da sombra da foice fatal pairando,
Do paraíso em outro mundo
Ser uma grande ilusão,
Eu quero o agora, vivo o que está ao redor,
Meus pés tocam o chão sujo do mundo,
E no hoje, sem promessas,
Encontro o viver no aqui e agora.
É o pulsar de minhas veias que me mantém.
E com enfermidades, incômodos mentais,
Enquanto caminho rumo ao desconhecido,
Eu me realizo no que sou a medida exata
Que meus próprios pés escolheram,
Sem inúteis utopias prometidas por terceiros.