Efêmera Areia

Somos os grãos de areia

Mais humanos que existem

Nos abraçamos, ligamos

Unimos, colonizamos as praias

Criamos cidades e monumentos

Na forma de bancos de areia

Para celebrar nossa humanidade

Levantamos montanhas

Abrimos vales

Nossas imperfeições perfeitas

Tão imperfeitas quanto as emoções

Que nos fazem humanos

Bestas racionais

Nossas realizações se desfazem

Quando varridas e apagadas

Pela molhada e salgada morte

Vestida de ondas emanadas

Pelo pedaço de oceano gelado

Perto de nós

A tristeza percorre nossos sais

Com a ajuda da superfície planificada

Graças à salgada morte

Porém basta um sopro do vento

De nova vida, novo pontapé

Para reerguer nossos monumentos

Que nosso salgado otimismo

Volta à vida

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 14/06/2024
Código do texto: T8085817
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