Meus próprios olhos

A primeira pessoa

Me deu óculos vermelhos

E sobre meus olhos colocaram

Visão vermelha, cheia de raiva

Rancor, discórdia e caos

A segunda pessoa me deu

Um par de óculos azuis

Eles me entregaram uma imagem

Chuvosa, melancólica

Cheia de desamparo, desespero

E desesperança

A terceira pessoa

Me deu um óculos amarelado

Que me deu uma imagem feliz

Ensolarada, harmoniosa

Perfumada e convidativa

Quando tive a ideia de ver

O mundo sob um óculos transparente

Feito pelas minhas próprias mãos

Eu vi… nada, nada de diferente

Da realidade do que ela realmente é

O azul confinado ao azul

vermelho permanecendo vermelho

Amarelo continuando amarelo

Cada coisa com sua cor

Como deveria ser

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 14/06/2024
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