DO RESTO, O NADA...
Raspa o fundo da vida,
Vê o que tem de bom ainda,
Se isso é o que te salva,
Caso não, há, ela está perdida.
Sua vida teve algum valor?
Vi que você se vendeu,
Por alguns trocados miúdos,
Que com o tempo se perdeu.
Sobra-te o resto de nada,
O escanteio lá do fundo,
Escuridão e tortura.
Foi você quem feriu o mundo!
Agora, olhe para trás,
Seu estômago vai embrulhar,
Veja só o que fez
Só para se arrumar.
O inferno é muito pouco,
Nem lá encontrará lugar,
Leva contigo tanta sujeira,
Impossível de limpar.
E fez em nome da moral!
Mas que moral é essa,
Que incrimina a vítima
E purifica o agressor?
Não, o mundo não está errado,
Mas há algo de podre no ar.
A cegueira te leva a um buraco,
Aonde você, por seus atos, vai se jogar...