Águas que passam
Eu não preciso lavar a alma com a derrota de outrém,
Nem me despir de compaixão pra sorrir da morte desvairada,
Valho-me dos meus pequenos sentimentos,
Da minha plena consciência,
E da minha fantasia mais vulgar de um comum...
Eu não desenterro calúnias, nem abro envelopes envelhecidos de cólera,
Na meu simples vilarejo, caminho meus caminhos sem usurpar minha horas,
É como se nada bastasse e tudo fosse suficiente ao mesmo tempo,
O que me completa é o amor que sinto,
O que me contempla é o amor que ofereço...