Outro Poeminha Amargo
Afinal então o que é que se faz nesse “mundo de meu Deus”?
De que matéria vulcânica brutal pulsa
Isso que automática e indiferente, todo dia, nos esmurra a cara?
E ainda para foder com tudo... a ambivalência
Quero, mas não quero
Sofro, mas gozo
Se fosse só brutal, legal
Mas o tédio, a mediocridade, o cotidiano, o previsível
Há de ter uma força escondida, mas visceral para criar, inventar, superar...
Devo girar uma roleta?
Esperar o tempo me dizer?
Estou confuso