O Som da Liberdade
A terra não conseguia me fornecer os suprimentos.
O fogo não aquecia mais o meu coração.
A água não matava a minha sede.
E o ar era insuficiente para que pudesse realizar a respiração.
Estava rodeada por rostos, concomitante que me encontrava sozinha.
Às vezes cansava de esperar, e às vezes cansava de tentar.
Esse deserto não passava, e já não era mais aquela jovenzinha.
Parecia que o destino final não era lugar para descansar.
A dor que me perseguia também perseguia outra pessoa.
E ela não precisava está naquela posição, se não fosse por amor.
Estava prestes a desistir, mas, ela não.
Era um amor acolhedor, insistente, e avassalador.
Devaneios se tornaram lugar de morada.
O inverno não era literário por que sentia calafrios.
Até que tudo mudou por causa de uma singela voz projetada.
Que ecoa até hoje, e que diz assim:
-Filha, eu te deixo partir! Eu quero que você seja feliz!