A Incessante Busca de Sentido

Em meio ao caos da vida urbana,

Onde o concreto esmaga o ânimo,

Questiono, perante o caminho casa/trabalho,

Para que vivo, senão diante de tudo buscar um sentido?

A grande questão não é só viver,

Ser ovelha passiva em acordar,

Trabalhar, consumir, defecar e respirar fumaça.

Mas saber, em cada passo, a razão.

Viver é mais que respirar, comprar produtos

E gerar riqueza para senhores do capital.

É navegar no mar da incerteza

E criar as próprias âncoras de sentidos.

Nasci para quê? O que faço aqui,

Neste mundo inóspito?

A resposta está no amor que damos,

Na dor que sentimos, criando o sentido,

Na aridez de um universo sem alento.

A vida é constante luta, pêndulo

Entre vitória e derrota, é busca,

É pergunta, é poesia,

É saber que, além do horizonte cinza,

Há sempre um porquê, um para quê.

Entre o ser e o nada,

Entre as ideias e os abismos,

Compreendo que não basta viver, é preciso saber,

Para que se vive, e viver assim, com razão,

Encontrar um raio de luz no meio do vazio.

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 23/05/2024
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