A incerteza da vida
Desculpas sem esperança:
Apenas sou vagabundo,
Rogando ser um segundo
O sonho onde a gente dança.
Sem chão aqui neste mundo,
Flutuo o platô Tibetano…
Sucedem-se todos os planos,
Mamutes ‘té lá o fundo.
Meu coração de cigano
No escuro perde tua mão.
Tão tristes as coisas são,
Incertas como os humanos.
No meu desamparo insano,
Sou o traidor e o traído,
O rio que corre perdido
P’ra longe, assim — do oceano…