REFÚGIO
Não te guardes em casulos vazios.
Sempre frios as tuas emoções.
Não te prendas no combate vão,
Onde o teu coração não reside.
Agrides ti e a tua origem,
Sem coragem para prosseguir,
Ou assumir a própria sorte
Como a morte d'um estranho.
Pouco importa quem tu és.
O reverso de uma moeda sem valor.
Sem amor ou mais um na multidão.
Na solidão sem cara ou coroa.
Perdoa. Eles não te conhecem.
Padecem à sombra da Amargura.
Escura é a sina, são casulos também.
Sem nome, sem rosto, ninguém.
Amém! Assim dizem os covardes.
Que alarde, não precisa ser assim.
Viva enfim a dor ou o amor.
Não findou a tua história,
Tua história apenas começou.