Dívida, dádiva divina.
As minhas dívidas,
São dádivas,
Divinas.
Não há mais dúvidas,
Pois a prece não é ouvida.
Peço em vida,
Deus não paga,
É devida.
Ávida morte,
Que me trás a sobrevida.
Em arcabouço,
Desenvolvo teorias.
Não me perturbem,
Pois eu sei,
Está vencida.
Quanto mais rogo,
Mais afundo,
Em agonia.
E a proteção,
Ao crédito,
Será sempre,
Exercida.
Acho que oro,
A um Deus capitalista.
Quer o perdão,
Divide em vezes,
Resolvida!
Minhas palavras,
São pecados,
Mesmo ao bem
Oferecidas.
As oferendas,
Em frases,
Não basta,
Pois não são,
Muito bem quistas.
E no altar,
Um cordeiro,
Em sacrifício,
O ebó farto,
Não me trás o equilíbrio,
Racionamento,
A energia do passe,
Não conecta ao divino,
Confecção é discada,
Há sempre falhas,
Caí no momento,
Em que preciso.
Envio sinais de fumaça,
Clamo à sorte ao bicho,
A mega está acumulada,
A quina,
No precipício,
A federal na cabeça,
Na dupla,
É mais difícil,
Comprei até tele sena,
Tentei joguinhos e bet,
É desespero,
Não puro capricho,
Uma fezinha,
Se transforma em artifício.
Minhas ações e teorias,
Já não fazem,
Mais sentido.