Dívida, dádiva divina.

As minhas dívidas,

São dádivas,

Divinas.

Não há mais dúvidas,

Pois a prece não é ouvida.

Peço em vida,

Deus não paga,

É devida.

Ávida morte,

Que me trás a sobrevida.

Em arcabouço,

Desenvolvo teorias.

Não me perturbem,

Pois eu sei,

Está vencida.

Quanto mais rogo,

Mais afundo,

Em agonia.

E a proteção,

Ao crédito,

Será sempre,

Exercida.

Acho que oro,

A um Deus capitalista.

Quer o perdão,

Divide em vezes,

Resolvida!

Minhas palavras,

São pecados,

Mesmo ao bem

Oferecidas.

As oferendas,

Em frases,

Não basta,

Pois não são,

Muito bem quistas.

E no altar,

Um cordeiro,

Em sacrifício,

O ebó farto,

Não me trás o equilíbrio,

Racionamento,

A energia do passe,

Não conecta ao divino,

Confecção é discada,

Há sempre falhas,

Caí no momento,

Em que preciso.

Envio sinais de fumaça,

Clamo à sorte ao bicho,

A mega está acumulada,

A quina,

No precipício,

A federal na cabeça,

Na dupla,

É mais difícil,

Comprei até tele sena,

Tentei joguinhos e bet,

É desespero,

Não puro capricho,

Uma fezinha,

Se transforma em artifício.

Minhas ações e teorias,

Já não fazem,

Mais sentido.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 22/05/2024
Reeditado em 22/05/2024
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