Transtorno
Os deuses foram depostos,
Perderam todo poder,
Miséria é difundida,
Para o nobre enriquecer.
O Caos é prematuro,
É imposto ao nascer,
Ou se enquadra ao sistema,
Ou acabam com você.
O bem converte em consumo,
Quer paz?
Terás que vencer,
E tu serás o insumo,
Para outros,
Convalescer,
Normal,
Porém absurdo,
Tudo aqui paga pra ver,
Não,
Não vou falar de outro assunto,
Pois em mim,
Este insiste em doer.
Não me enquadro,
Eu assumo,
Padrões não podem conter,
Minha inconformidade,
Que sempre insiste em bater,
Com minhas próprias amarras,
Que uso pra me prender,
E aceitar essa história,
Que contam,
Tentando me convencer,
Que sempre sou o errado,
Por questionar,
O que existe para crer.
Recorro a medicina,
Para poder me adequar,
Uma pílula para dormir,
Outra pra poder acordar,
Há que acalma os pensamentos,
Me impede de gritar,
Contra toda a ignorância,
Refém da intolerância,
De uma tal liberdade em concordância,
Com o autoritarismo,
Regras,
De como devemos pensar.
Transtorno é o apelido,
Para o ato de rebeldia,
Daqueles que não irão se enquadrar.