COMADRES
Santa Mãe do céu!
Um respingo de vinho
na toalha branca
faz-me vilã nos dias de festa.
Gravam a ouro
o salto das gazelas
ao redor do Sol
Quem sou eu? O mar avança sem dó
Junto aos barcos
que aqui ancoram
serei o pesqueiro
sem rede, nem remos;
encalhado nas dunas
das comadres — Nas rodas
não raro elas fazem
menções a alguém sem sorte.