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As vezes me recordo dos vastos sentimentos que me consolam

A lua, abandonada na imensidão do céu

Reflete as sombras solitárias de minha alma

As cores mortas salpicadas com o brilho distante das estrelas

Beijam meus olhos como uma despedida

Esse vento atordoante, sem sentido próprio

Entra pelas frestas das janelas abertas

Com aquele assobio inquietante, me convidando a existir

Deitada sob a penumbra, os sonhos recolhem os cacos do dia

Transformando as dores em mosaicos vibrantes

Deixando o que já era belo

Indescritível perante as palavras

A noite começa

E eu me acabo.

Amanda SamJose
Enviado por Amanda SamJose em 19/04/2024
Código do texto: T8045536
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