Céus que semeiam estrelas

Em meio às caliches do tempo,

revejo passagens de céus

que semeiam estrelas

e naus envergadas de sonhos

nos enclaves da noite.

Onde os desassossegos e angústias

pretéritas e desalinhadas de sombras?

Despencam sóis num porvir de melodias

e vielas de flores se fazem tapetes

para os pés que desenham infinitos...

onde dois olhos de amor

fulguram horizontes de sonhos

que meus dedos bebem com gula

para que nenhuma gota de felicidade

se perca por entre a passagem de espelho

e os lumiares de brisa

de nossas caliches do tempo...