Pecadora confessa
Sou pecadora
daquelas que os anjos perdoam
voo lânguida
entre utopias mil
durmo, sonho e acordo
pensando que o tanto que já vivi
foi um lindo céu azul de anil
Sou pecadora confessa
coloco a cara à tapa
sem medo
não faço promessa
não fujo da raia
nem que o mundo caia
Sinto que amanhã meu destino
me acolherá
e, mesmo assim,
seguirei pecando – inevitavelmente
feito criança que brinca
no balanço que leva aos ares
mente e o corpo desejando
novos malabares
RR - 07/04/2024
Poesia refeita para publicação na XXXV Antologia Poética Patrulhense