POETA ÀS AVESSAS
Não me chame de princesa
No castelo azul
tem uma masmorra.
Falo palavrões.
O martelo do juiz é pesado.
O último advogado
Deixou uma ferradura
Com uns sete furos
Atrás da porta — Acho que é sorte.
Pode não ser nada.
Algum casco sem proteção
desliza na cidade.
Acordei assim: Cética, bandida...
As formigas invadiram as terras
produtivas do meu vaso.
As vermelhas maledetas!
Por que não comem
As asas de organza
da borboleta morta? É da China?
E eu com isso? E a fome?
— Raios que te partam!