ESPELHO, ESPELHO MEU!
O tempo que passou,
Gradualmente me escondeu.
O que o espelho me revela!
Que a pele de outrora,
perfumada, sedosa e bela...
Já não mais, é aquela;
Pois, o tempo a macerou!
Ele a fez marcescível!
Até seu reflexo, perecível.
Estou, um dia, mais velho...
Ah! Meu enganoso segredo!
A mais temível realidade,
Se mostra agora, ali, frente
a mim, como única, verdade.
É vê, para poder, acreditar!
O ônus trazido pela idade,
O espelho me mostrou.
O que o tempo veio cobrar,
O Pouco que restou!