São três horas que tento dormir de olhos abertos

São três horas que tento dormir de olhos abertos,

tudo em trevas e neste silêncio ei de poetizar,

talvez neste papel um problema ei de ritmizar.

Pensamentos que rápidos somem pelos incertos,

como deste momento quebrando-se em soltos versos

e nos sopros de onde quo vento me carregou

para um conto que a mente confusa autocensurou.

Madrugada na noite deixando-me fraco e opaco,

reconheço que neste momento breve fui falho,

quem ferido matando-me todo dia se cansou.

Fiz-me excêntrico mas repetido no sujo mundo

que fiquei sem saber para onde ir se corroendo;

ao viver refletindo se há de vir sofrimento

e pedindo do fim que acredito que sofri muito.

Sei que errei por ter sido contrário do soberano,

me arrependo em profundas palavras nos meus versos

em poemas no décimo bárbaro que submerso.

Pelos erros e acertos mudei sempre melhorando

e amanhã dos pequenos chamado de veterano,

entre tantas contadas histórias dos universos.

Fiz estudos em longos minutos junto do inferno,

nas manhãs por andar sem à falsa luz me curvar

por correr e saber quando devo apenas parar.

Sem perder-me pelo que virá do profundo interno,

direta direção se apontando no lado norte

sem mais se distinguir como mera categoria,

deixei de ser humano que segue de alegoria.

Aprendiz por viver que tornei-me melhor mais forte,

caminhando por dentro dos reinos sem ter suporte;

hoje sei que ressuscitar trás a sabedoria.