Povo Nordestino
Me inveja a audácia e a coragem,
Desse povo nordestino,
De costumes sertanejos,
E a esperança no olhar.
Lá,
O sol nasce,
Como tivesse sorrindo,
Nas noites,
Estrelas caindo,
E a via láctea,
Surgindo,
Nas dificuldades,
Sente a presença do divino,
E o baião,
Não deixa a tristeza cantar.
A natureza é privilégio,
Daqueles que ali nascem,
Diversidade é contraste,
Que da terra,
Parece gritar,
O destino é mistério,
Que percorre o caminho,
Do excesso a falta,
Tudo se encontra por lá.
Com um sonho na mala,
Confiança no peito,
Não se abate o sertanejo,
Explora o Brasil,
Em busca de um bom emprego,
Para a existência vingar.
Há os que ficam,
Insistem em combater a pobreza,
Tem em seu DNA a proeza,
De escapar da fome,
Encarando frente a frente a seca,
E a cada expectativa de chuva,
A visão muda,
Da utopia à realidade,
E a fé,
Sempre destemida,
Acredita,
Que água do céu vai brotar.
Com a benção de Padim Ciço,
Batismo com as águas do São Francisco,
Resistência de Antônio Conselheiro,
E ao som de Luiz Gonzaga.
Das histórias de Ariano,
À coragem de Dandara,
Poesia?
É Patativa,
Gabriela?
Foi Amado.
A humanidade de Nise da Silveira,
Dulce,
Santa Brasileira,
Herói ou vilão?
Quem foi Lampião?
Marta,
Com a camisa brasileira,
Tantos outros e outras,
De tanta proeminência,
Tem raízes por lá.
A sua resistência é digna de reconhecimento,
E a educação,
Persiste em se destacar.
Se não agora,
Depois,
Mas chegará o momento,
De reconhecer,
Que o nordeste é exemplo,
A se destacar.