Escondi meu baralho no bolso

Escondi meu baralho no bolso

Na mão esquerda um coringa

Não confunda sereno com ingênuo, seu moço

Como bom malandro não gastei minha língua

Ignorei tua lágrima, já conheço esse intento

Com rapidez construí um consenso

E pra cortar teu cinismo

Guardei a navalha, joguei fora o lenço

Fiz um samba esperando o trem

Que na orelha te pôs uma pulga

E pra te deixar nessa sinuca

No fim do dia pergunto: tá tudo bem?

Segui nessa toada

Feliz que saí dessa enrascada

Porque amanhã tem pagode em Xerém

E lá eu sei que tem sempre alguém

É que eu sei que se eu vou na Mangueira ela vai

Se eu vou na Portela ela está

Ela vai no Cacique de Ramos

Ela vai no Estácio de Sá

Maxuel Chaves
Enviado por Maxuel Chaves em 25/02/2024
Reeditado em 25/02/2024
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