Escondi meu baralho no bolso
Escondi meu baralho no bolso
Na mão esquerda um coringa
Não confunda sereno com ingênuo, seu moço
Como bom malandro não gastei minha língua
Ignorei tua lágrima, já conheço esse intento
Com rapidez construí um consenso
E pra cortar teu cinismo
Guardei a navalha, joguei fora o lenço
Fiz um samba esperando o trem
Que na orelha te pôs uma pulga
E pra te deixar nessa sinuca
No fim do dia pergunto: tá tudo bem?
Segui nessa toada
Feliz que saí dessa enrascada
Porque amanhã tem pagode em Xerém
E lá eu sei que tem sempre alguém
É que eu sei que se eu vou na Mangueira ela vai
Se eu vou na Portela ela está
Ela vai no Cacique de Ramos
Ela vai no Estácio de Sá