Xeque mate
Em meu inconsciente,
Os traumas limitam o ego,
E essa angústia frequente,
Recria um mundo paralelo.
Uma autoestima baixa,
Palavras,
Que rompem elos,
Em supor o que outros pensam,
Vou destruindo meus castelos.
Permissão para ser feliz,
Este é o meu flagelo,
Me afeta o que me diz,
Eu o prego,
Tenho medo do martelo.
Tenho que ser forte,
Quebrar correntes,
Acreditar que vou vencer,
Ser diferente,
E não ter que provar nada,
Para essa gente,
Que me julgam com seus olhos,
Indiferentes.
Mas as vezes me sinto frágil,
Sub humano,
De vitimização me acusam,
Escondo o pranto.
Eu,
Refém da realidade,
E de alguns bancos,
Fugitivo de mim mesmo,
Que anda em bandos,
A verdade me entorpece,
Vou camuflando,
Já não sei jogar o jogo,
Tô entregando,
Xeque mate outra vez,
Rei deportado,
Decapitado,
No tabuleiro,
Não mais reinando.