Martelo

Mocinho ou vilão?

Vileza, vil solidão.

O martelo destrói,

Mas também edifica.

Não solta a minha mão, não!

O martelo constrói...

Se você não quer ir...fica!

Ouse deixá-lo bater,

Não resista ao renovo.

Pois assim você vai ver,

Que o martelo despedaça,

Mas, que também edifica

É preciso nascer de novo.

Se tem que fazer...faça!

Ouça o ritmo do bate estaca,

Enquanto perfura o hímen.

A rocha em pó, se estilhaça,

Pó que se torna homem,

Que volta para a terra,

Terra de suor molhada.

Se tem que fazer...faça!

O martelo é mesmo assim,

Bate, quebra, força e fura,

Os pés e braços de Jesus.

Irrompe o sangue puro,

Sangue puro carmesim,

Lavando a alma impura,

Cravou o Cristo... na cruz!

Grita o juiz no Tribunal,

Bate o martelo na bigorna,

Profundo silêncio no recinto,

Com preço alto e cabal,

O sangue inocente se entorna.

A dívida toda está remida,

E o processo está extinto.

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 15/02/2024
Reeditado em 15/02/2024
Código do texto: T7999497
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