Pétala frágil
Num jardim distante, uma flor despertou,
Mas sua vida, pelo sofrimento, foi permeada,
Seu coração, uma pétala frágil,
Em silêncio sangrava e lágrimas,
Feito gotas de orvalho,
Causavam-lhe desatino e dor.
Num abismo de tristeza e,
Desesperada para escapar,
Da trama que a vida a envolveu,
Contra a sua essência, um dia tentou,
Porém os desígnios divinos intervieram,
E desse pesado fardo, a livrou.
Entretanto, a flor, antes pura poesia,
Na obscuridade ainda continuou,
Assim, perdeu o pudor e desvairou-se,
Deixando-se envolver pela compulsão,
Seus encantos indiscriminadamente,
Com muitos, compartilhou.
A flor foi conhecida em sua dualidade,
A sua beleza original misturou-se ao desvario,
Entretanto, o tempo sábio e compassivo passou,
Fez com que ela se tornasse maior do que as suas sombras,
E contra todas as expectativas, superar-se.
Hoje ela sorri para o sol,
E canta para a vida, aprendeu a se amar,
Assim como uma estrela no céu, ela brilha,
Ela não veio ao mundo só para existir.
Mas para resplandecer, iluminar o mundo,
Com sua essência e seu jeito único de ser.