É chegada a hora!

Doer

Penumbra

dedicada

à herança dos meus modos,

espetáculo de morte

vivido entre taças de luxúria

e letras de perdição,

ao meu ver,

ao meu comando,

sob meu nariz,

sabor de arrogância matinal e nada mais.

Doer

Fantasia

rubricada

na pele dos meus pesadelos,

ato final que inicia todo circo,

equilíbrio,

equidistante,

cromossomos de utopia,

ao relento,

ao anoitecer,

sabor de mortandade que assola ao meio dia.

Doer...

Você já doeu por querer abrir os olhos

ao filho perdido, sim, sentir todo o oco

por tamanho oco nos sonhos

de quem você sonhou antes mesmo

de se conceber?

Doeu?

Rude Cruz

Mistério de Deus revelado aos perdidos,

dor inexprimível de Pai por amor a tantos

filhos, que se filhos hoje são,

jamais o seriam a não ser pelo sangue

inocente e puro do Seu Filho.

Rude cruz

Não se resiste ao irresistível, homem,

se desconhece.

Chega de dor...

É chegada a hora!

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 01/02/2024
Código do texto: T7989412
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