É chegada a hora!
Doer
Penumbra
dedicada
à herança dos meus modos,
espetáculo de morte
vivido entre taças de luxúria
e letras de perdição,
ao meu ver,
ao meu comando,
sob meu nariz,
sabor de arrogância matinal e nada mais.
Doer
Fantasia
rubricada
na pele dos meus pesadelos,
ato final que inicia todo circo,
equilíbrio,
equidistante,
cromossomos de utopia,
ao relento,
ao anoitecer,
sabor de mortandade que assola ao meio dia.
Doer...
Você já doeu por querer abrir os olhos
ao filho perdido, sim, sentir todo o oco
por tamanho oco nos sonhos
de quem você sonhou antes mesmo
de se conceber?
Doeu?
Rude Cruz
Mistério de Deus revelado aos perdidos,
dor inexprimível de Pai por amor a tantos
filhos, que se filhos hoje são,
jamais o seriam a não ser pelo sangue
inocente e puro do Seu Filho.
Rude cruz
Não se resiste ao irresistível, homem,
se desconhece.
Chega de dor...
É chegada a hora!