Balada infantil
A linda menina inocente
Que brincando se anima,
Sendo mamãe de brinquedo
Com ideias lúdicas na mente
E verdadeira autoestima.
Infância ingênua e doce
Tão breve e passageira.
Travessuras sem segredo.
Que bom se eterna fosse
Toda essa brincadeira.
Na ciranda cirandinha
Vai ampliando a visão,
Enxerga um novo mundo.
Deixa de ser garotinha,
Boneca não quer mais, não.
Meia volta, volta e meia
Vai se achando capaz,
Na utopia sem fundo
Ergue o castelo de areia
Que o tempo logo desfaz.
Ainda procura sua turma,
Grupo, tribo… O que pintar.
Entra no clima da galera,
Tem um “gatinho” na paquera.
A onda, agora, é “ficar”.
Vivendo um sonho de amor,
Tão jovem e descontraída
Ela se julga preparada.
É tenro e suave o sabor
Dessa vida colorida.
Tudo é mera curiosidade
De desvendar o mistério:
Desse, já perdeu a vontade;
Daquele, vai ficando sério.
Nada sabem um do outro,
O que importa é o prazer,
Se, só “ficar” é pouco:
Basta, para a gravidez.
Dum amor insignificante,
Desse encontro casual,
Nasce o amor de gestante
Por ser mãe acidental.
E vem a responsabilidade
De mulher recém-formada;
Nessa dura realidade
Fica a vida desbotada.