NADA DE GRAÇA
Francisco de Paula Melo Aguiar
Tal qual um morador
Em situação de rua
A Deus é o louvor
Nada é teu ou tua.
Assim como as estrelas
Suspensas no firmamento
Sem teto, telhado e telhas
Vivem ao relento.
Não mendigam nada
No silêncio de quem passa
Na zoada informatizada
Da inteligência de graça.
A inteligência artificial
Quer ser o manto do sol
Do infinito saber natural
Sem teto, cama e lençol.