DOENÇA MENTAL
Volte, ó tempo da minha inocência
Volte às memórias agridoces que se tornam doces comparadas a estas
Quando eu não pensava tanto, volte ao início da minha jornada
Na época em que em plena ignorância
Eu achava que entre as doenças, as mentais eram mais modestas
E até ignoráveis, usadas como desculpa por gente fresca e acomodada
Que erro!
Porque eu me vejo!
Eu me vejo doente e não sai!
Luto pela saúde!
Mas a minha atitude!
De doente ainda se sobressai!
Não dá pra tentar dissipar a doença com as mãos como já tentei
Às vezes ela ofusca tudo e sobra um pleno horror
Se ela ganha após confronto, sobra a sensação de impotência
Sobra a raiva vã por tudo vão que já me perturbei
Quando foi que aprendi a ignorar a minha própria dor?
Se eu tenho doenças mentais desde a tenra infância!
Confusão?
Qual a relação?
Entre a doença mental e física?
Elas podem se causar?
Podem parasitar?
Destruir uma vida?
Sim, podem tudo isso, o físico e o mental se causam
Ou os dois estão bem ou nenhum está por completo
Precisam estar em sinfonia calma
E se os dois não se casam
Começam a refletir em tudo que algo não está certo
E avisar a sua alma
Infinitos segundos...
Vivendo em um mundo...
Que não se move
Enquanto o azul monocromático...
Se ensaguenta estático...
Quando chove
O que sobra da indiferença é catástrofe
Não ignore, não menospreze!
Abrace a si mesmo e aos demais
Não deixe chegar num ponto limítrofe
Vá na terapia, chore, preze!
Você vai conseguir viver em paz!