DOENÇA MENTAL

Volte, ó tempo da minha inocência

Volte às memórias agridoces que se tornam doces comparadas a estas

Quando eu não pensava tanto, volte ao início da minha jornada

Na época em que em plena ignorância

Eu achava que entre as doenças, as mentais eram mais modestas

E até ignoráveis, usadas como desculpa por gente fresca e acomodada

Que erro!

Porque eu me vejo!

Eu me vejo doente e não sai!

Luto pela saúde!

Mas a minha atitude!

De doente ainda se sobressai!

Não dá pra tentar dissipar a doença com as mãos como já tentei

Às vezes ela ofusca tudo e sobra um pleno horror

Se ela ganha após confronto, sobra a sensação de impotência

Sobra a raiva vã por tudo vão que já me perturbei

Quando foi que aprendi a ignorar a minha própria dor?

Se eu tenho doenças mentais desde a tenra infância!

Confusão?

Qual a relação?

Entre a doença mental e física?

Elas podem se causar?

Podem parasitar?

Destruir uma vida?

Sim, podem tudo isso, o físico e o mental se causam

Ou os dois estão bem ou nenhum está por completo

Precisam estar em sinfonia calma

E se os dois não se casam

Começam a refletir em tudo que algo não está certo

E avisar a sua alma

Infinitos segundos...

Vivendo em um mundo...

Que não se move

Enquanto o azul monocromático...

Se ensaguenta estático...

Quando chove

O que sobra da indiferença é catástrofe

Não ignore, não menospreze!

Abrace a si mesmo e aos demais

Não deixe chegar num ponto limítrofe

Vá na terapia, chore, preze!

Você vai conseguir viver em paz!

Natalia L A
Enviado por Natalia L A em 11/01/2024
Código do texto: T7974084
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