Vestida de (In)Finitude
As horas de ontem já não são mais hoje.
Rebentaram-se no bater dos sinos da virada.
O que nós temos é o hoje.
Este instante entre o tempo de ontem
e a espera de que haja um amanhã...
Mas, o tempo é tão efêmero!
Quantos (in)finitos cabem
no bater de asas de um pássaro de nuvens,
na pororoca do Guamá,
no entardecer do Araguaia
ou às margens de um doce igarapé?... ...
Quero olhos que enxerguem
a eternidade do agora
e homenageiem o néctar da vida
que pulula em cada minuto
que misteriosamente se veste de (in)finitude...