Vida!
São retalhos da existência!
Que abarcam a individualidade de cada um.
A vida nem sempre é mar de rosas,
Ela prega peças e nos abala,
Não se pode prever o futuro,
Como num jogo fortuito de cabala,
Vivemos o presente,
Uma realidade física irreal,
Efêmera e puramente conceitual.
O passado!
Pode ser revisto e mora na mente,
Pode até parecer tolo,
Ao desavisado descrente,
Mas o passado retorna,
E assombra o presente.
Já o futuro é o advir,
Uma linda esmeralda a reluzir,
Em tons esverdeados pujantes.
Ele é uma sutil incógnita,
Um calafrio.
O livre arbítrio e a racionalidade,
Armas eficazes da sobrevivência humana,
Mas de nada servem,
Para apaziguar o passado,
E ser o elixir benfazejo para o futuro,
O desconhecido nos amedronta,
Não há controle sobre ele,
Apenas vãs previsões acalentadoras,
Que servem mais como placebo,
Do que descortinar realidades,
Apontar possibilidades,
É tudo que nos resta fazer,
Em relação ao futuro incerto,
A cada doce e fresco amanhecer.