Cicatrizes

Cicatrizes

evidenciadas

na

pálpebra

do

sonhador...

A chuva que rega é a mesma que afoga,

os gritos de pavor, os berros de furor,

regozijo de devaneios em meio ao caos.

Cicatrizes

umedecidas

no

olhar

do

derradeiro menino...

A oração angustiada que silencia no peito,

a devoção amargurada pela dúvida, pelo medo,

anseios de quem se acostumou a desistir,

de si mesmo, do que lhe é próprio e opróbrio.

Cicatrizes benditas

suspiradas

e entoadas

nas mais

belas canções,

no

calor

do abraço

teu...

Meu Pai, Justo e Santo, Senhor de toda a terra,

perdoe enquanto duvidei, e em mares revoltos

naveguei, perdido, à procura de tua Tua voz,

duvidoso do Teu Amor, mas enfim me entreguei,

pois estavas lá o tempo inteiro,

me aprovando e provando:

menino, tu és guerreiro,

e como convém aos que batalham,

necessitas da dor

para que, quando homem:

(simplesmente AMOR),

e só assim descobrirás o quão fiel

sou Eu por ti,

não por que te dei tudo o que quiseste,

mas por que em tudo te quis pra mim.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 02/01/2024
Reeditado em 02/01/2024
Código do texto: T7967234
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