Convívio

A bagunça que mora em mim

O silêncio que insiste ser eu

Que eu expulso mas volta

Que me invade a portas cerradas

Esse pequeno monstro ateu

Caos que prolongo no espaço-tempo

Hábito que chamo alma

Suspenso entre a fumaça

Do cigarro e do incenso

Os vôos inconstantes da paixão

Incrédulo que só tenha encontrado água

Algum oásis nesse deserto?

O projecionista trocando os quadros

O rapto da minha ideia perfeita

O poema guardado na gaveta

O germe da discussão

Recolocar o tempo no lugar

Vou suscitar o silêncio

Reabitar o arbítrio

Esse espaço problemático do eu

Vou dizer sim ao confronto

Eli Jardel Alexandre
Enviado por Eli Jardel Alexandre em 01/01/2024
Código do texto: T7966807
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