Convívio
A bagunça que mora em mim
O silêncio que insiste ser eu
Que eu expulso mas volta
Que me invade a portas cerradas
Esse pequeno monstro ateu
Caos que prolongo no espaço-tempo
Hábito que chamo alma
Suspenso entre a fumaça
Do cigarro e do incenso
Os vôos inconstantes da paixão
Incrédulo que só tenha encontrado água
Algum oásis nesse deserto?
O projecionista trocando os quadros
O rapto da minha ideia perfeita
O poema guardado na gaveta
O germe da discussão
Recolocar o tempo no lugar
Vou suscitar o silêncio
Reabitar o arbítrio
Esse espaço problemático do eu
Vou dizer sim ao confronto