Da Coleção de Escritos Seculares

[Sem título]

Todo dia quando você acorda

A única coisa que você quer

A única coisa que você sempre quis

Todos os dias, você queria hoje.

Hoje, que tudo acontecesse

Como você quer

Que cada detalhe fosse, apenas um instante,

Como você sempre quis.

Mas você desconhece o que quer

Não tem fonte, alicerce, filme jamais visto.

Você persegue sua mente, não tem raiz.

É tão triste imaginar uma cor que não existe.

Você chora domingos de chuva.

Mais uma lâmpada quebrou na sua mente.

Você finge que me engana, baby

Desesperada para ser feliz logo.

Você persegue o vazio

Daquilo que nunca pode ter

Mas o que você nunca pode ter

O que é? Você nunca sentiu.

Sentir! Vida! é uma agonia

Mas sentir essa agonia é a própria vida.

Sem pôr nem tirar, vai ter que aceitar.

Vida não deixa devendo ninguém.

Você tem andado no inferno

Como é ruim essa chuva

Ele é outro suspeito da paranoia

Saia do sonho, baby! Ao parapeito, estique-se!

Eli Jardel Alexandre
Enviado por Eli Jardel Alexandre em 28/12/2023
Código do texto: T7963529
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