Da Coleção de Escritos Seculares
[Sem título]
Todo dia quando você acorda
A única coisa que você quer
A única coisa que você sempre quis
Todos os dias, você queria hoje.
Hoje, que tudo acontecesse
Como você quer
Que cada detalhe fosse, apenas um instante,
Como você sempre quis.
Mas você desconhece o que quer
Não tem fonte, alicerce, filme jamais visto.
Você persegue sua mente, não tem raiz.
É tão triste imaginar uma cor que não existe.
Você chora domingos de chuva.
Mais uma lâmpada quebrou na sua mente.
Você finge que me engana, baby
Desesperada para ser feliz logo.
Você persegue o vazio
Daquilo que nunca pode ter
Mas o que você nunca pode ter
O que é? Você nunca sentiu.
Sentir! Vida! é uma agonia
Mas sentir essa agonia é a própria vida.
Sem pôr nem tirar, vai ter que aceitar.
Vida não deixa devendo ninguém.
Você tem andado no inferno
Como é ruim essa chuva
Ele é outro suspeito da paranoia
Saia do sonho, baby! Ao parapeito, estique-se!