Olhos que não vêem
Olhos que condenam
Olhos que nos julgam
Olhos que nos desprezam
Olhos que são cegos pelo ódio
Olhos que nunca nos enxergaram
Olhos que nunca nos entenderão
Olhos que jamais vão entender
Que o coração que bate em meu peito
É um vulcão em erupção
Olhos que digeriam o que queriam ver
Olhos que nunca enxergaram quem eu sempre fui
Olhos que nunca observaram o poeta que sou
Olhos que nunca perceberam a tristeza do meu coração
Olhos que me viram nascer e ainda sim nunca me enxergarão
Olhos de dor e desgosto de quem me tornei.
Mas esses olhos nunca me viram tão feliz como sou hoje
Hoje sou poeta, marido, pai sou eu
Não mas filho, sobrinho e vizinho
Olhos e mais olhos
E apenas um alvo…
Poeta de Libra