Silêncio
Não digas nenhuma palavra!
Não, nem os fatos, nem a verdade!
Há tanta graciosidade
No poder do silêncio
E tudo se compreende
Apenas observando
Os gestos e os olhares
Não digas nenhuma palavra!
Pois o mutismo também fala
Mais que mil palavras.
Talvez num futuro distante
Em outra paragem
Digas que foi tudo efêmero...
Toda esta viagem
Não foi em vão
Pois no passado
Eu fui muito feliz...
Não digas nada
Apenas contemple
Os vislumbres da eternidade.