Migrou para dentro de si mesma

 

E a pequena ave

só se achava

em seus pra dentro.

 

Percebia-se.

Conhecia-se.

Profundamente.

 

Olhava suas asas miúdas,

pequenas, quebradiças, frágeis...

Via o céu, sabia-o grande, imenso.

Precisava escolher...

 

Assim, assim:

nem céu... nem chão...

migrou para dentro

de si mesma...

"bem lá dentro",

onde ainda se achava...

 

 

Pintura: Monika Luniak