Noites Sem Nome

 

Também caminhei neste tempo

onde habitavam o espírito

noites sem nome.

 

Sei dos calabouços

que fechavam seus cadeados

e do silêncio

que fazia a mudez das horas

e medrava o medo

por entre os umbrais da alma.

 

Que chance de luz poderia haver

nos subsolos e subterrâneos

escuros e amorfos do tempo?

 

Cristalizavam angústias e ansiedades

no todo vazio que beirava dores

e saudades do que,

ainda, como o sonho, não foi...

 

Diálogo com tua poesia ancestral