O Mal que o Homem Faz
Nas dobras da sombra, onde o homem pisa
O mal desenha seu contorno, avisa
Em gestos obscuros, em olhares frios
O mal tece tramas, semeia vazios
No coração humano, o mal se insinua
Qual semente nefasta que a terra flui
Cresce nos atos, nas palavras torpes
Entre os suspiros, onde a dor escorres
No eco da ganância, o mal ressoa
Como tempestade escura que se entoa
Destila veneno, contamina a mente
O mal se enraíza, profundamente
Mas não é só praga, é escolha também
No terreno fértil ou no solo além
O mal é um fruto que o homem colhe
No jardim da alma, onde a maldade escolhe
Por entre as frestas da moralidade
O mal se infiltra, sutil, com voracidade
Mas há redenção, na luz que persiste
No coração humano, o bem existe
Então, na dança incerta entre o bem e o mal
Cabe ao homem escolher, desvendar o sinal
Na trama da vida, onde o destino traça
O mal que o homem faz, o bem também abraça