Lá vai o menino
Lá vai o menino, travesso,
ainda tão jovem, uma criança,
Mas absorto, avesso
A qualquer tipo de esperança
Mas por quê? Da vida ainda não sabe nada
Um súdito na corte dos castelos de areia
Na casa das árvores
Um tênis furado e sem meia
No meio do caminho
Sentado, sozinho
O presente filho, o futuro pai
Um pequeno intruso no ninho
De todas as desventuras
De tudo que está ao seu alcance
Tudo treme e brilha
Nada está como era antes.