Epopeia de Fausto
Nesse mundo sórdido,
Onde resta a esperança?
Maltrapilho e cancioneiro,
O homem urbano se afoga em devaneios,
Dispotia é a palavra-chave,
Até que a pressa te invade,
Um relógio em cada parede,
Uma dissolução em marcha-lenta,
Tudo é tão rápido e tão moderno,
Toda a promessa de um faustino é irresistível,
Todo homem que apunhala outrem tem um melhor amigo,
Mas, é cada um por si, e o coletivo é individual,
Todo homem que esbarra na rua sabe disso,
Todo braço oferecido em socorro é arrancado no futuro,
Todo rei que sobe ao trono esquece quem foi responsável por expandir seus domínios.