Busca sem fim
Estou em guerra,
Em uma inútil luta,
Não entender os motivos,
É o que mais me assusta.
Busco o entusiasmo,
O Deus que habita em mim,
E isso é um fardo,
Uma procura,
Que nunca tem fim.
Esqueço coisas,
Datas,
Até de mesmo,
De mim.
A revolta,
Se tornou aceitação,
Me conformo com limites,
E com todos os meus erros,
Morre a esperança,
Onde não há satisfação.
O tempo se apressa,
Corre,
Tão depressa,
Que mal sinto,
Qual estação devo estar.
Um verão que me congela,
Caem folhas,
Em plena primavera,
Em outubro,
Outono impera,
O inverno,
É o inferno de calor na terra.
Tento me inspirar,
Me motivar,
Mas a tristeza que carrego,
De não sei do que,
Deseja quase nada.
Quer se abrigar no escuro do quarto,
O sono durante o dia,
Acordar em plena melancolia,
Na fria madrugada.
Fantasmas não vejo,
Carrego todos em mim,
E com eles,
O desespero,
Desta busca sem fim.