Como tudo deve ser
Tenho como meta a paciência de Lenine,
Tento acreditar que pode ser simples assim,
E “ando em busca dessa tal felicidade”,
Mas tudo é complicado,
Sem princípio,
Tendo um meio e um fim.
A legião do João do Santo Cristo grita,
Uma revolta invade,
E uma revolução por minuto acontece.
Vivo e sou um negro drama,
Vezes de atitudes irracionais,
Ouvindo Racionais,
Não conseguindo amar elos,
Mais para amargar egos,
Com violência,
Diferente de um monge Emicida.
Sou herbicida,
Da ação fraca,
Mas uso toda minha força,
Para atacar.
Tento atingir,
Toda e qualquer erva daninha.
Choro,
Pois até Jesus chorou,
Em busca de um bom lugar,
Mas a auto sabotagem afronta,
Só os loucos sabem,
Dos dias de luta e dos dias de glória.
Ouço Charlie Brown,
Curto céu azul,
Divina comédia humana,
Como Belchior,
Quero ir ao sul.
E olho para o alto,
Vem o desespero,
A luz afeta a visão,
Vejo tudo,
Em tons vermelhos.
Eu quero asas pra voar,
Mas tenho medo de avião,
Tamanha incoerência,
Chega a ser ,
Alucinação.
Quero a revolta pra lutar,
Me arde a indignação,
Mas meu grito é reprimido,
E os olhos cegam,
Vivo em uma eterna escuridão.
Me deixe sair,
Me tirem daqui,
De dentro de mim,
Não quero ouvir,
Tão pouco sentir,
Peço desculpas,
Minha mente está bugada.
E o som da minha vida,
Na vitrola está tocando.
“Eu sou apenas um rapaz,
Latino americano,
Sem dinheiro no banco…”
Sou refém,
Desse sistema obtuso,
Meio confuso,
Vou seguindo,
A beleza de ser um maluco,
Metamorfoseando toda a intolerância,
De minha existência.
Como tudo deve ser.