Fuga

Só peço que a razão me liberte,

E a loucura me domine.

Amarras que me prende a falsos valores,

Se quebrem,

Pessoas que se definem superiores,

E que suas palavras e ações,

Que insiste em magoar,

Presas a modelos que oprimem,

Se afoguem no lago,

Em seu próprio Narcisismo,

De suas vidas oprimidas.

Que a sanidade que vive em mim,

Não seja repreensiva,

Opressora,

Ou corretiva,

E que o sofrimento que isso me causa,

Seja leve,

Livre,

Se transforme em alegria.

Ai como queria…

Que as árvores me acolhessem,

Me abraçar sem,

E a chuva,

Abençoasse meus dias,

Pássaros sussurrando em meus ouvidos,

Como orquestra desafinada,

Mas tudo em perfeita sintonia.

Que não me falte o mar,

E na ausência dele,

Um rio,

Para me banhar.

Quero a lua,

Sempre bela,

Que chega a estrelas ofuscar,

De tão intensa a brilhar,

E um sol para aquecer,

Esquentar,

Dando a vida,

Um magnífico clarear.

Não quero o compromisso que o capitalismo me impõe,

Nem as facilidades que nos prendem,

E limitam,

Das redes,

Quero apenas descansar,

Não quero a exposição,

Dos rostos bonitos,

De vidas vazias.

Faço armadilhas,

Para minha consciência explodir,

E a Insanidade reinar,

Nesse mundo de contradição,

Me nego a dizer que sou daqui,

Não pertenço a este lugar.

Vim de um planeta distante,

Galáxia desconhecida,

Cai de um cometa,

E estou aqui,

Com a vida perdida,

Procurando soluções,

Buracos,

Alguma saída,

Uma fuga da realidade,

É a cura,

Que procuro por toda esquina.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 20/11/2023
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