Vícios, Viciosos e Viciados
A tríade que tudo agarra
Que transforma algo em outro algo muito maior
Muito mais envolvente, importante
Adocicando os sussurros constantes ao pé do ouvido
Para que seja sabido
Que cada segundo que se passa
É um segundo gasto. É um objetivo perdido.
Uma ocasião a menos para desfrutar
Das doces fumaças que amortecem,
Dos goles constantes que entorpecem;
Coisas mundanas que não conseguimos abandonar.
Uma trinca malvista, com a força de cada culpa criada
Justificada, assim, sua ojeriza
Por parte daqueles que não compartilham tal condição.
Ou pensam que não:
Não enxergam nos atos repetitivos
Nos pequeninos textos não lidos
Que tão fielmente batem cartão;
Atos que também são mundanos, que também denigrem
Por escolha ou reverberação;
Escolhas bobas, porém diárias
Atitudes nefastas, necessárias
Milhões de justificativas precárias
E outras tantas com algum juízo.
Um triângulo perfeito, recursivo
Cada ângulo alimentado pelo antecessor
Mantendo a constância dos que ali
Estão aprisionados.