VAGAS DA NOITE
Escrevo normalmente no vazio,
A respirar desenhos que não sei pintar,
Caminho no que escrevo.
Passeio-me no ar que me pensa,
Que se impregna de mar
E vagueio-me, sem vagar.
Vagas da noite...
Escrevo, a sonhar.
O que se passa entre
Os passos do voo, e o
Que não se passa no meu olhar,
É o que resta da luz que
Ficou por desenhar, e é aí nesse vento,
No desalento da noite, que eu estou.
Vagando a sonhar.