A luminosidade da cerâmica
Escrita em 26/11/21
Ninguém escapa ao instante
Ardio, frio, que se prove a luz
Que virá a pedra dos sapatos
Que desvia a córnea da cruz
A vida é uma cerâmica frágil
A moldura de um vaso ruim
Que é subproduto da vastidão
E cada qual esperneia sua vontade
Tenra ou avançada idade
Anseia um bom fim de tarde
O espelho assombra a cara metade
De uma figura que sem saber
Se conduz.
Ascendência da amplitude
Um Blues lento na casa ao lado
Aqui jazz um poço possível
É tempo do instante ser provado
Antes que a morte venha!