Detalhe
Às vezes,
A prepotência é maior,
Esconde das pessoas,
O que há de mais belo
Faz me questionar,
Se o individual,
Acima do coletivo,
É o correto.
Canso desse falsos elos,
Dos modelos de vida perfeita,
De psique alterada,
Vivem em um mundo paralelo.
Infiel pela vida,
Valores distorcidos,
Belos calçados definem pessoas,
Pobre daqueles,
Que usam chinelos.
O mundo é uma bolha,
Felizes na ilusão,
Que faz da aparência,
Um auto flagelo.
Veste a fantasia,
Cria alegoria,
E finge alegria,
De um grande Otelo.
Pois a vida é segura,
Sem rasgo,
Ou costuras,
Mantém a postura,
Quixote às avessas,
Foge de aventuras,
Inventa duelos.
O exemplo de vida,
Profissional a ser seguida,
Família regida,
Visão distorcida,
Cabeça erguida,
Às vezes tão baixo,
Se enxerga no teto.
Eu,
No alto da minha arrogância,
Invejo o homem que serve uma dose,
No balcão do bar.
Entorpece as dores dos outros com a bebida,
Ouve as histórias reais,
Ali ele encontra,
O sofrimento e alegria,
Sabe o que é ser humano,
Despido do julgamento,
De falsas ideologias.
A bebida mata,
Assim como a depressão,
Aflição e agonia.
Um brinde!
Ao que não nos escapa,
Aproveite os detalhes,
Que se perdem na vida.