QUERO AGORA

 

Nas quebradas da vida, ando e

Necessito da embriaguez das horas!

Longas, porém, curtas no tempo,

I need opium, à uma intensa embriaguez!

Não se explicam as horas, apenas,

O sentimento revela a si ao âmago

A dor e a angústia que perpassam

Saltando do peito em sofreguidão!

 

Nada explica! Nada!

As noites silenciam no torpor

Das lembranças que marcaram

No olhar da lua clareando

A Baía da Guanabara!

Nada explica! Nada!

O azul silencia e observa o pensamento

Na monotonia do cotidiano gris

Sou eu nas águas, no pensamento gris! 

O meu amor é inocência e não pensa.

Sente  e não compreende

O minuto e as horas que se perdem

Nos atalhos da minha existência!

 

Nada explica! Nada!

Evasão... uma cor se distingue

Entre tantas, porém, não é a minha cor

E ela é única, que humedece meus olhos!

 

Flutua na brisa a mansidão do momento

Existo e reflito o mundo em que vivo,

A realidade, o erro, o próprio existir

E a alma se define sem conhecê-la!

No meu adormecer a inocência brota 

Na grandeza fora de mim, estado de alma

Como estrelas que cintilam belas e longínquas

Sem poder tê-las, assim como o meu amor!

 

edidanesi
Enviado por edidanesi em 05/11/2023
Reeditado em 05/11/2023
Código do texto: T7925158
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