A menina
Aquela menina, timidamente anda de pés descalços e corre
Correndo, ultrapassa seus limites, nas trilhas e matas fechadas
Vai contornando os obstáculos nos espaços, sozinha e calada
Ao ouvir quaisquer ruídos, tudo aflora, sente-se apunhalada.
Com seu instinto de proteção e muito medrosa, correndo foge.
Os ruídos! São galhos secos que se quebram com os seus pisares
Instantaneamente, ela sente. Nas matas fechadas, os anjos alados!
A menina tímida se alegra, vestida de branco, rodopia seus babados
Ouve os sonoros cânticos sublimes e acalentadores, som prateado
Das aves alvoroçadas, comunicando-se com os seus lindos cantares.
Nos sonoros cantares, as aves acariciam os temores insones
Da menina vestida de branco que corre quando sente medo
Quando tem sonhos e pesadelos, que não são mais segredos
Apreciando o novo amanhecer, com os cânticos de alaridos.
A menina corre para vida, sem mais os pesadelos que a consome.
Texto: Miriam Carmignan
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